terça-feira, 27 de setembro de 2011

Salve Cosme e Damião!! Salve Doum!!! Salve as Crianças!!!


Suspiro

Algodão doce, brigadeiro

Beijinho, Cajuzinho

Quindim, Canudinho

É tudo bem docinho
 




Manjar, bolo gelado,

Mousse, gelatina,

Sorvete de copinho

É tudo geladinho







Baba de moça, quebra queixo,

Cocada, goiabada,

Leite condensado

É tudo bem melado




Pudim, Maria mole,

Olho de sogra, rocambole

Pavê, bem casado

É tudo misturado

 
E o doce mais gostoso

Que derrete e desmancha

Mas leve e saboroso

                                                      Que dá água na boca





Suspiro, Ahhhh!!!

Teta de nega !!! O quê?





segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pablo Neruda

Eu não conhecia essa poesia. Ouvi ontem num sarau... achei divina!!!


Fábula da Sereia e os bêbados - Pablo Neruda

Todos aqueles homens estavam lá dentro, quando ela chegou totalmente nua.

Eles tinham bebido e começaram a cuspir.

Recém-chegada do rio, ela não sabia nada.

Ela era uma sereia que perdeu seu caminho.

Os insultos escorriam-lhe pela carne reluzente.

Obscenidades afogaram seus seios dourados.

Ela não chorou, pois não sabia chorar.

Não sabendo roupas, ela não as tinha.

Eles a enegreceram com rolhas queimadas e pontas de cigarros e rolaram de rir no chão taverna.

Ela não falou porque não tinha voz.

Seus olhos eram da cor do amor distante, seus braços duplos eram feitos de topázio branco.

Seus lábios se moviam, em silêncio, sob uma luz coral, e de repente ela saiu por essa porta.

Ao entrar no rio, ela ficou limpa, brilhando como uma pedra branca na chuva e sem olhar para trás, ela nadou mais uma vez.

Nadou para o vazio, nadou para sempre. Até morrer.







quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ai ai, viu... me dá sono...

Ai ai... dá sono. Essa vida corporativa me enjoa.
É tão patética.
Quanta gente infeliz querendo fazer outras pessoas infelizes também, e se esforçando pra isso, perdendo um precioso tempo nessa tentativa, talvez para se sentirem melhor com suas frustrações enraizadas.
Sufocam suas verdadeiras aspirações em algum beco escuro dentro de si.
E chamam isso de poder.
Ao mesmo tempo que isso me irrita me causa pena.
Definitivamente não sou parte disso.



Mas a gente (não sou a única, com certeza) deixa que ELES pensem que acreditamos neles por sabermos que nossa vida é bem diferente desses pensamentos limitados.
É isso que me liberta: estou nesse mundinho provisoriamente, mas não pertenço a ele. Então consigo rir deles, pegar meu dinheiro no final do mês, não dedicar a eles um segundo a mais do que vendi por esse dinheiro e me dar o direito de vadiar meu dia quando me dá na telha, sem dor e sem dramas. Exercendo o doce sabor da irresponsabilidade de quem, apesar de tudo, se sabe livre.

Por Rita Brafer

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Perdoar-se. E renascer!

A vida toda conheci muita gente perfeita. Muita gente perfeita a quem muito amei. E de tão perfeitas achei eu, do mais fundo do meu ser imperfeito, que perto delas eu poderia ser quem eu era (sou), e que mesmo que eu errasse elas saberiam perdoar meus erros, meus arrobos... Mas muitas vezes me enganei. De tão perfeitas me apontaram o dedo em riste, mesmo quando eu não errei, apenas não quis o mesmo que elas.

Imperfeita chorei. E voltei a sorrir. E repeti erros. Acertei. Errei de novo.

Pra não mais sentir dor fechei as portas... para abrí-las novamente perdôo...

Perdôo todas as pessoas perfeitas que conheci, por não terem me compreendido, por terem me causado dor. As perdôo por não terem aceitado minha dor, pois sendo elas perfeitas não sentem dor, e se por acaso sentirem sabem controlar essa dor.

Me perdôo... pelas dores que infringi a mim mesma. Pelas dores que fiz outros sofrerem.

Me perdôo por ter deixado que me ferissem.


Me perdôo pelas inúmeras vezes que acreditei em histórias e pensamentos ruins que eu mesma criei sobre mim mesma, e sofri com isso.

Me perdôo pelas vezes que deixem que me fizessem acreditar, ainda que por instantes, que eu não era boa demais pra o que quer que seja. Pelas vezes que deixei que me dissessem o que eu deveria ser, ou fazer, e ainda parei pra pensar se talvez essas pessoas não tinham razão.

Me perdôo pelas vezes que me importei demais com o que alguma pessoa pudesse pensar sobre mim (por mais que eu gostasse de uma dessas pessoas) e calei meu sentimento por medo de ferí-la ou perdê-la e feri a mim mesma.

Me perdôo pelas vezes que me permiti sentir dor na alma sem me rebelar contra os monstros que criaram pra mim ou que eu mesma criei e que tantas vezes alimentei.

Me perdôo por ousar desistir de mim. Por deixar de acreditar em mim.

Me perdôo especialmente nesses últimos tempos por calar quando minha alma amordaçada dentro de mim quer gritar!

E me perdoando rompo a dura casca do casulo e liberto a minha essência para ser feliz. E imperfeita.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

 Minha Mãe e querida Sara Kali que em vida atravessaste os mares e com vossa fé levaste à vida novamente todos que contigo estavam;

Vós que Divina e Santa és amada e cultuada por todos nós, mãe de todos ciganos e do nosso Povo Senhora do amor e da misericórdia Protetora dos Rom.

Vós que conhecestes o preconceito e a diferença,
Vós que conhecestes a maldade muitas vezes dentro do coração humano.
Olhai por nós.

Derramai sobre vossos filhos, vosso amor vossa Luz e vossa paz. Dái-nos vossa proteção para que nossos caminhos sejam repletos de prosperidade e saúde.

Carrega-nos com vossas mãos e protegei nossa

liberdade, nossas famílias e colocai no homem mais fraternidade.

Derramai vossa Luz nas vossas filhas, para que possam gerar a continuação livre do nosso povo.
Olhai por nós em nossos momentos de dificuldade e sofrimento, acalmai nossos corações nos momentos de fúria, guardai-nos do mau e dos nossos inimigos, derramai em nossas cabeças vossa Paz para que em paz possamos viver.
Abençoai-nos com Teu amor Santa Sara Kali, que ao Pai celestial possas levar nossas orações e abrandar nossos caminhos.
Que Vossa Luz possa sempre aumentar em Teu Amor, misericórdia e no Pai e que assim sejas louvada para todo o Sempre.


Extraída do Livro CIGANOS ROM um povo sem fronteiras!